sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pastor x Alcorão

O pastor americano Terry Jones, que quer queimar exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, no aniversário dos atentados de 11 de setembro, tem antecedentes polêmicos na Alemanha, país que abandonou em 2008, expulso pelos próprios seguidores de sua seita.






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A notícia foi revelada pelo antigo responsável pelo acompanhamento de seitas da Igreja Evangélica Alemã na Renânia, Joachim Keden, que disse ainda que "Jones é o clássico dirigente sectário com visão fundamentalista extrema", em entrevista ao jornal Berliner Zeitung.






Seu sucessor no cargo e também especialista em seitas, Andrew Schäfer, destaca que Jones foi condenado em 2002 por um tribunal da cidade alemã de Colônia a pagar R$ 6.500 (três mil euros) de multa por falsidade documentária, ao afirmar que tinha um título de doutor que não possuía.






Pastor foi expulso da própria seita






Além disso, Jones foi acusado, mas não chegou a ser processado, por exploração trabalhista dos membros mais jovens de sua seita e de se apropriar indevidamente de fundos do grupo religioso, fato que causou sua primeira expulsão da comunidade religiosa que tinha fundado.






A readmissão do pastor só aconteceu "após o pagamento de uma reparação econômica de quatro a cinco dígitos", segundo revela ao mesmo jornal Stephan Baar, um dos atuais representantes da Comunidade Cristã de Colônia, fundada por Jones e que, segundo suas palavras, tem agora cerca de 80 membros ativos.






- Estamos tão comovidos como o resto do mundo.






Keden comenta ainda que Jones e sua família foram obrigados a abandonar definitivamente a seita e a Alemanha em 2008, quando retornaram aos Estados Unidos e se instalaram no Estado da Flórida.






Comunidade suspeitou de desvio de dinheiro






Segundo Schäfer, o fim da história de Jones na Alemanha em 2008 aconteceu quando um um casal idoso ameaçado de expulsão pelo polêmico pastor denunciou seus métodos de trabalho. O religioso foi acusado de explorar membros mais jovens da comunidade como transportadores de móveis usados, que a seita recebia em suas seis casas para atender indigentes em Colônia.










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...- Correu então a suspeita de que ele vendia os móveis de segunda mão e que ficava com o dinheiro.






Keden disse que Jones chegou à Alemanha em 1983, onde fundou a comunidade religiosa, que imediatamente gerou polêmica.






- As pessoas se queixavam de severos atos de penitência e rituais públicos de arrependimento e declaração de fé, por medo de satanás e demônios.






Keden destaca que Jones chegou a ter mil de seguidores na Alemanha, em sua maioria famílias jovens. Schäfer, por sua parte, comenta que, enquanto Jones controlava a seita, "houve com frequência casos de assessoria a membros da comunidade, com muitas tragédias privadas, mas nunca ninguém teve a coragem de se rebelar abertamente contra Jones".

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